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dezembro 24, 2014

Ruínas místicas - O Templo Abandonado de Kanagawa

Fonte
Cupinchas! Riso For
Não podia fechar o ano sem publicar uma postagem aqui no rusmea.com e desejar a vocês um feliz natal e um próspero ano novo! Riso For
Que 2015 seja repleto de realizações e que todos os seus sonhos sejam coroados de êxito! Riso For 

Assim que compartilho com vocês esta pequena postagem sobre um templo abandonado no Japão Riso For

Segue adaptação:

(Eu gostaria muito que este post fosse sobre qualquer outro assunto, mas me falta tempo e assuntos inéditos...Peço sua compreensão honoráveis cupinchas...)

Nota do tradutor: Só para lembrar, esta exploração foi realizada pelo autor do blog japonês Fury99, que traduzi/adaptei em primeira pessoa, não se tratando portando, de uma aventura deste que vos escreve rusmea.com

"Localização:              Um certo lugar na província de Kanagawa
  Data da exploração:  Julho de 2012

Um santuário sem dono encravado em um cenário idílico, lembrando um templo nas montanhas mas localizado praticamente no centro de uma zona urbana.
Se trata de um raro lugar abandonado de uma seleta categoria: a de ruínas místicas.

Logo após subir às escadas enxergo a construção central. Devido a que a porta estava trancada com cadeado, não pude entrar no recinto desta vez.

Os chamados "seis Ksitigarbhas" (Rokujizou em japonês. NDT.). 
Seriam baseados na ideologia dos 6 caminhos da transmigração das almas do budismo.
Há também uma pequena construção dedicada ao deus Inari
(O deus Inari era originalmente um deus das colheitas, depois venerado como uma divindade guardiã de uma determinada área, localidade ou região. Essa construção da imagem em si, também é chamada de Inari. NDT. rusmea.com).
Antigamente se podia ver peixes nadando nesta pequena lagoa, mas hoje não me foi possível verificar nenhum.
Imagens de deuses raposas de cerâmica. Fora este local, há várias imagens como estas, espalhadas pela zona.
O rosto desta estátua passa um ar de dignidade.
Mas a falta de sua orelha direita chega a ser doloroso de ver...
Objetos decorativos exclusivos do budismo.
Um deles possui a forma de um Tokkosho (Tokkosho = Um cajado com lâminas afiadas em suas extremidades. NDT. rusmea.com), mas o que seriam?
Uma tábua de madeira colocada para bloquear a passagem. Olhando bem, a peça possui pinturas budistas.
À esquerda está o que se parece com Vairocana e à direita está o que se parece com Acala, o deus do fogo ou o "Senhor inabalável". Estas imagens seriam parte de algum lacre místico?
O local dedicado a Kannon, a deusa da compaixão. A árvore em frente seria uma magnólia? Assim que antes de mais nada, dou uma volta completa pelo exterior da construção.
A parede traseira está se descolando toda, mas o aspecto ainda é bom se comparado com outras partes deterioradas da construção.
A cobertura do corredor, que outrora interligava esta construção com outra dependência do templo, ruiu completamente.
A construção à direita desta imagem era usada como depósito. À esquerda está a construção principal do templo.
Rodeando ainda mais, comprovo que o segundo andar está mais comprometido pelo abandono do que eu imaginava...
Onde antes haviam portas de correr (portas shouji), hoje não há nada que proteja o interior das intempéries.
O andar térreo está todo corroído.
Pelo visto, usaram esta área como depósito.
Revistas "Sutairusha" (Exclusiva para homens).
Um revista precursora de moda masculina da década de 1950.
Com muito cuidado, eu subo pela escada torta, prestes a desabar, rumo ao segundo andar.
O grau de decadência do interior, supre as expectativas de quem vê de fora.
Tendo em conta que o local está exposto às intempéries há anos, chega a ser incrível este grau de conservação.
Na parte interna da porta coberta com papel tradicional (Fusuma) há várias letras. Às vezes encontro esse tipo de decoração em casas tradicionais bem antigas.
Uma máquina de costura antiga. 
Não dá para saber o que chegará primeiro ao solo, se esta máquina cujo peso acabará por atravessar o piso, ou o próprio piso que inevitavelmente ruirá...
Não se sabe o que era guardado nesta caixa, mas uma caixa de madeira antiga assim, possui uma pitada do sabor do tempo.
Jornal do ano 34 da era Shouwa (1959) diz que 'Casais fazem caminhada em 'parceria''. (O termo "parceria" (合ハイ - Gouhai) utilizado aqui por aproximação, quer dizer concretamente "caminhada contratual amorosa" e é na verdade uma abreviação de 合同ハイキング - Goudou Haikingu, termo cunhado pelos estudantes da Universidade de Tóquio e que persiste até os dias atuais. NDT. rusmea.com)
Um rádio antigo. No passado, os rádios eram assim de grandes...
O Armário não possui mais suas portas de correr e o estado do seu interior, é de total desordem.
Um calendário do ano 38 da era Shouwa (1963). Ao abrir à porta que está logo ao seu lado...
...Eis que encontro uma sala budista. O ambiente ficou um pouco frio de repente. Eu não possuo mediunidade alguma, mas notei sem a menor dúvida que o ar mudou...
No fundo da sala há tabuinhas mortuárias (Ihai). Aqui na frente seria uma cabeça de leão? Estes objetos budistas são um tanto obscuros...
Uma tartaruga empalhada. O que será que esses olhos artificiais presenciaram em todas essas décadas?
Um antigo relógio de parede. Esses relógios davam medo quando badalavam suas campanas anunciando às horas...
Um retrato em tom de sépia. 
Provavelmente era de alguém relacionado a este templo. 
A imagem tem um ar altivo.
Uma foto de pessoas reunidas onde aparecem vários cavalos. 
Não consigo nem imaginar quando esta foto foi tomada.
Acho que vocês conseguem perceber...Que no fundo, um pouco para à esquerda desta imagem, há um rosto esbranquiçado...
Não dá para conter o medo aqui... Para ser honesto, eu fiz de tudo para não olhar diretamente para essa figura enquanto estive na habitação...
Esta sala está totalmente às escuras. Imaginem agora o poder de destruição deste 'infante', ao percebê-lo de repente com a luz da lanterna...?
Ao que parece, este boneco é um substituto de um filho falecido ainda criança, uma prática um tanto comum no Japão, onde essa troca permite à alma da criança não sentir as agruras de uma passagem espiritual brusca. Basicamente, o boneco ficaria com a fome, a sede, o frio o medo...
Juntei minhas mãos em uma ligeira prece e nem preciso dizer que saí o mais rápido que pude desse lugar.
Para mim, este é com certeza o mais venerável dos oitenta e oito lugares consagrados do Japão.
O templo não possui um dono, ou seja, um monge há mais de 50 anos e por incrível que pareça, os vizinhos (geralmente idosos) limpam os recintos o melhor que podem.

Não encontrei o tradicional sino e suponho que tenha sido derretido no esforço de guerra, durante a Segunda Guerra Mundial. Como informação adicional, consta que este lugar foi usado como abrigo no grande terremoto de Kantou em 1923 e graças a sua fonte d'água perpétua, milhares sobreviveram aqueles dias dramáticos.

Eu estou acostumado a encontrar com bonecas japonesas e animais empalhados em lugares abandonados, mas não fui capaz de enfrentar aquele boneco desta exploração...Pois sinto que por trás dele, existe uma história profundamente triste..."

Boas festas e feliz ano novo! Riso For

Abrax^^

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2 comentários:

Harimatrix disse...

Incrível \ O / Mas aquele boneco é mesmo sinistro kk Muito boa a sua matéria, parabéns

rusmea disse...


Obrigado Harimatrix^^

Grande abrax^^