Cupinchas!

Morrer no Japão é caro pra caramba...



Só para terem uma ideia, eu cheguei a ver um comercial na TV japonesa, de uma funerária que estava fazendo uma promoção de um pacote de cerimônia-velório-cremação ultra barato por apenas 1 milhão de Ienes (uns 20 mil reais!




Eis o segredo da longevidade dos japoneses!

Segue adaptação:
"Alguns japoneses se relacionam com desconhecidos escolhidos como 'vizinhos do além' contanto que não seja preciso arcar com os valores de ocupar uma tumba familiar.
Ter 'colegas de cemitério' e viver a eternidade coletivamente, é a escolha feita há uma década por Kumiko Kano, uma sorridente septuagenária de Tóquio, junto de seu marido.
'Quando meu esposo viu o dinheiro que seu irmão mais velho gastava nos funerais familiares, decidimos juntos que nós não precisávamos e que não queríamos que nossos filhos arcassem com algo assim', disse Kumiko no cemitério de Sugamo, no nordeste da capital.
No xintoísmo ou no budismo, os crentes devem se ocupar, geração após de geração, de seus defuntos. Em altares domésticos, as fotografias dos desaparecidos fitam os vivos, recebem orações e oferendas de frutas, álcool ou cigarros em troca de proteção no além.
Seus restos mortais são cremados e as cinzas conservadas em tumbas, cujas construções e manutenção são caras. Cada um acolhe uma geração junto ao filho mais velho e sua família. As filhas são enterradas com seus maridos e aos filhos mais jovens, devem ser construídas as suas próprias tumbas.
Com as mãos juntas, Kumiko reza em frente a um nicho individual, ante um longo muro de mármore cinza escuro com milhares de nomes gravados: é a tumba coletiva em que seu marido descansa desde 2008, com 3.000 'vizinhos'. Há lugar para 6.000 defuntos.
As iniciais de seu nome já figuram na tumba, mas por enquanto, em vermelho. Quando 'fizer parte do muro', as letras passarão a ser negras.
Por enquanto, Kumiko está viva e encantada de está-lo. Nunca sente os remorsos que às vezes, espreitam os familiares que não cuidam das tumbas de um ente querido. 'Se não posso vir durante um tempo, me sinto um pouco culpada, mas fico tranquila quando chego e vejo muitas flores', conta.
De vez em quando, Kumiko se reúne com pessoas que decidiram passar a eternidade juntas em um local concreto, previsto e reservado. Porque antes da última viagem, os candidatos devem aprender a se conhecer, a se apreciarem para, pensam eles, viverem melhor a morte juntos.
E para isso se reúnem em um clube assombroso, o Moyainokai, literalmente 'trabalhar juntos', que organiza excursões ao campo ou sessões de leitura em grupo.
A ideia de criar o Moyainokai ocorreu há 25 anos a um sacerdote budista para 'as pessoas preocupadas com seu funeral, porque não tem filhos ou família'.
Seu filho Ryukai Matsushima retomou o negócio para 'criar vínculos que não estejam baseados no sangue', diz, enquanto desliza o mouse do computador por uma tela vertical encrustada no mármore do cemitério com a lista de todos os 'inquilinos' do muro e os que não puderam gravar seu nome por falta de lugar.
Casais em tumbas separadas
Graças a esse mapa virtual, os familiares podem fazer aparecer o nome do defunto na tela e assim, rezar por ele. No Japão, as pessoas vivem muitos anos e alguns não se sentem tentados em prolongar a vida de casal no cemitério.
Shohei Maekawa, um guia turístico especializado em visitas a locais de descanso eterno confirma: 'Acima de tudo, não espalhe, mas não quero que me enterrem com meu marido'. Shohei escutou esta estranha confissão da boca de várias clientes que se propõem seriamente a ocupar uma tumba separada.
'Não quer dizer obrigatoriamente que tenham más relações com seus maridos, mas sim que simplesmente querem poder ter coisas por si mesmas', estima a socióloga Haruyo Inoue."
Trocando em miúdos, a menos que o cupincha que está lendo estas linhas, queira ser engavetado no paredão com um monte de defunto estranho...Não morra!!!!

Abrax^^'
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