Cupinchas!

Hoje eu compartilho esta publicação de uma "autora" diferente, a interessante "Vicious Sabrina", que visitou o (Tétrico) cemitério Fontanelle em Nápoles, Itália...
Segue adaptação:
"Sentindo impiedosamente a dor provocada pelo forte e brilhante sol, sob um céu sem uma nuvem sequer, eu caminho por uma esquina afastada do centro de Nápoles com meus calorosos amigos italianos.
Devido a que os habitantes locais levam a vida como antigamente, sem mudanças significativas, senti a ilusão de estar perdida pelas ruelas de alguma cidade do sudeste Asiático, por mais que até aquele momento, tudo o que eu tivesse visto, me fizesse notar que as cidades italianas possuem um desenho único e uma atmosfera característica.
A luz azulada que adentra o local pela entrada, mostra a profundidade da caverna e pelo aspecto de suas paredes, se nota que foi delirantemente escavada por mãos humanas.
O chão coberto pelo pavimento de pedra, rebatia o calor abrasador, sugando toda a umidade.
Ainda por cima, o sol com seu brilho atrapalhava a minha visão, mas finalmente chegamos ao nosso destino: uma caverna que se dissolve naturalmente na paisagem que até então eu havia caminhado. Apenas a diferença brusca de temperatura e o contraste com a luz, dão uma ênfase silenciosa de que aquele espaço é especial.
O calor que fazia lá fora, desapareceu como que por encanto, absorvido pelo ar da gruta.
Através desse ar gelado, me dirijo às profundezas do cemitério, desviando com cuidado das ossamentas.
*Analisando a história, a igreja mesmo possuindo um imenso poder há mais de 300 anos atrás, se encontrava impossibilitada ou se negava a fazer funerais aos pobres e aos devotos.
Assim que neste lugar, tais pessoas eram sepultadas em comum e atualmente, os habitantes locais se dirigem ao cemitério histórico para rezar.
Este é um lugar fechado e escuro que transmite a história, em total contraste com o livre, caloroso, leve e marcante sul da Itália.
Nesta postagem, eu trato de mostrar o interior da caverna, com minhas humildes fotografias.
Caixões de madeira e ossos daqueles que deixaram de se mover e que possuíam uma pequena identidade no passado...
As inscrições repletas de significados, são aos poucos devoradas pelo curso do tempo...
A escuridão aumenta a cada novo passo.
O ar começa a ficar cada vez mais úmido, conforme se avança ao interior do cemitério.
Em pouco tempo, avisto as belas imagens de madeira onde ante elas, fazemos silenciosamente o sinal da cruz.
O caminho é intrincado, com seu lado esquerdo e direito repletos de ossos e crânios, por toda a sua extensão.
Eu presto meus respeitos à essas pessoas que morreram sem nome e sem fortuna.
Constroem pequenos caixões de madeira.
Mantém o local limpo.
Colocam flores.
Enfeitam com acessórios para orações.
Rezam.
Conversam.
Fazem pedidos.
Tudo isso mostra a nobreza dos que lá se dirigem para prestar orações e homenagens.
Por entre tantos ossos, eis que aparece de modo tímido, a marca da igreja.
Avançando pela escuridão contínua, eis que a luz natural recai sobre uma parte do ambiente, chegando a parecer artificial.
Ao pé da cruz, uma montanha de crânios testemunha o passar do tempo à espera de orações.
As cenas me roubaram o fôlego.
Por vários momentos eu perdi a fala, ficando apenas imóvel ante tal espetáculo.
Por várias vezes eu encontrei a beleza delicadamente deixada pelos devotos.
Caminhei sem rumo durante o tempo em que me esqueci do tempo...Eu regressei da escuridão gélida à luz cálida do exterior.
Lá fora o sol quente lança seus raios sem piedade e ao longe eu escuto o pio dos corvos..."
*Um tanto diferente do que explica a nossa exploradora "Vicious Sabrina"...
O cemitério Fontanelle em Nápoles, Itália é uma casa mortuária, um ossário, localizado em uma caverna na encosta da seção Materdei da cidade.
O cemitério está associado com um capítulo no folclore local.
No momento em que os espanhóis se mudaram para Nápoles no início do século 16, já havia a preocupação sobre onde alocar os cemitérios e movimentos para alocarem os túmulos, fora das muralhas da cidade.
O cemitério Fontanelle em Nápoles, Itália é uma casa mortuária, um ossário, localizado em uma caverna na encosta da seção Materdei da cidade.
O cemitério está associado com um capítulo no folclore local.
No momento em que os espanhóis se mudaram para Nápoles no início do século 16, já havia a preocupação sobre onde alocar os cemitérios e movimentos para alocarem os túmulos, fora das muralhas da cidade.
Muitos napolitanos, no entanto, insistiam para serem enterrados em suas igrejas locais e para abrir espaço nas igrejas aos mortos recentes, empresários começaram a remover os restos anteriores de fora da cidade para a caverna, onde viria a ser o futuro cemitério Fontanelle. Os restos mortais foram enterrados superficialmente e, em seguida, em 1656 reuniram no local, milhares de cadáveres anônimos vítimas da grande praga do mesmo ano.
Em algum momento no final do século 17, de acordo com Andrea De Jorio, um erudito napolitano do século 19, grandes inundações desenterraram os restos mortuários para fora, expondo nas ruas, um espetáculo macabro.
Os restos mortais anônimos foram devolvidos para a caverna, que nessa altura, a caverna já havia se tornado o lugar de descanso final não oficial para os indigentes da cidade. Foi declarado oficialmente como tal, no início do século 19 sob o domínio francês de Nápoles.
O último grande "depósito" de indigentes mortos, parecem ter sido realizado na sequência da epidemia de cólera de 1837.
Imagens:

A "autora" desta postagem, "Vicious Sabrina", é na verdade um personagem fictício, que dá nome a uma marca japonesa de designs de acessórios de moda underground, cujos temas de seus produtos, também abrangem postagens de locais como este pelo mundo

Louco né?


Vaaaai pra luz!!!


Abrax
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2 comentários:
Adoro cemitério...rsrsrs
Eu não!OO'
No meu enterro, pretendo não estar nele!!!OO'
Vaaaai pra luz desgrama!!!OO' Pra luz!!OO'
kkkkkkkkk
Abrax^^'
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