Cupinchas!
"Depois da declaração de guerra dos Estados Unidos contra o Japão em 1941, o governo de Franklin D. Roosevelt decretou o translado e internamento dos japoneses residentes nos EUA, incluindo os de segunda e terceira geração, nisei e sansei respectivamente, com a cidadania estadunidense, em campos de reassentamento.
Segue adaptação:
A suspeita de que o ataque a Pearl Harbor havia recebido a ajuda de japoneses residentes nos EUA e o medo a que os cidadãos de origem japonesa atuassem como quinta coluna, justificou a criação desses campos.
Em 1942, a War Relocation Authority, o órgão responsável pela detenção e o translado, havia construído dez campos em sete estados e transferido a eles mais de 100.000 pessoas. Paralelamente à lei de internamento, o Departamento de Guerra emitiu uma ordem para que fossem licenciados a todos os soldados de descendência japonesa do serviço ativo.
Como no Havaí os cidadãos de origem japonesa seriam mais de um terço da população total, a medida de internamento não foi aplicada com o mesmo rigor que no continente e algumas centenas ficaram na Guarda Nacional do Havaí .
Esse grupo de origem japonesa, foi transladado a um acampamento do continente e ali tiveram que superar centenas de provas, demonstrar seu valor e jurar morrer pelos EUA.
No entanto, 25 deles foram traslados a Cat Island (Ilha do Gato), no Golfo do México, para cumprir uma missão secreta.
A diferença de outros campos de treinamento onde eram adestrados os cães para serem utilizados em trabalhos de vigilância, rastreio ou como mensageiros, em Cat Island foram treinados para serem cães de ataque contra os japoneses.
Quem teve essa 'brilhante' ideia, foi um um refugiado suíço chamado William A. Preste, que afirmava que podia adestrar os cães para que atacassem somente os japoneses e parece que o Exército acreditou nele.
Segundo o adestrador Suíço, os japoneses tinham um cheiro diferente que os cães podiam reconhecer. Além disso, a escolha de Cat Island para estabelecer o campo de treinamento não foi por acaso, nela foram recriadas as condições climáticas e de vegetação das centenas de ilhas japonesas do Pacífico.
Mais tarde, os Fuzileiros Navais (Marines) só teriam que terminar com o que os cães teriam deixado. Segundo o adestrador William Preste, seria preciso entre 30.000 e 40.000 cães para poder completar o seu plano.
Quando o campo estava preparado, foi enviada a primeira remessa de cães, William Preste, auxiliado por vários soldados, começou a primeira etapa do seu plano:
Aumentar a agressividade dos cães.
Completada a primeira etapa, começava o desafio mais difícil:
Que distinguissem os japoneses e só atacassem a eles.
E aqui é onde entram os 25 niseis do Havaí.
Como haviam poucos prisioneiros de guerra japoneses, foi decidido lançar mão daqueles que estavam nas suas próprias fileiras, de modo que vestiram os 25 soldados/cobaias com o uniforme do exército imperial japonês e durante três meses foram o 'saco de pancada' para os cães.
Ray Nosaka, um dos 25 'voluntários', conta que, mesmo que levassem proteções, muitas vezes eram mordidos pelos cães. Em outras ocasiões, eles se escondiam e os cães deviam achá-los.
Depois de vários meses de treinamento, os oficiais pediram a William Preste que preparasse uma demonstração para ver o resultado do seu treinamento. Logicamente, os cães se mostraram incapazes de distinguir os soldados de origem japonesa do resto.
Mas lhe deram uma segunda oportunidade, que depois de outro estrondoso fracasso, no dia 2 de fevereiro de 1943 despediram ao farsante William Preste e cancelaram o projeto de invasão canina.
A 828ª Signal Pigeon Replacement Company (de pombas mensageiras) foi transladada à ilha e os 400 cães que haviam sofrido aquele brutal treinamento, foram reeducados para servir como cães portadores de peiteiras para transportar pombas."
Abrax
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