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outubro 14, 2013

Дятлова - Passo Dyatlov - a montanha dos mortos parte 2

Fonte


Cupinchas!
Segunda parte de Дятлова - Passo Dyatlov - a montanha dos mortos.

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Segue adaptação:

"O que oculta a montanha Kholat Syakhl?

Após o desastre, começaram as perguntas.
Como é possível que possam morrer 9 jovens, fortes, experientes e saudáveis, congelados pelo medo e pelo frio?
A montanha Kholat Syakhl leva o nome de uma lenda da tribo Mansi como já dito no outro post, que significa 'Montanha dos mortos' em Mansi) contam que no passado, nove caçadores Mansi, morreram durante a noite, de repente, sem sintomas de violência. Foram encontrados no dia seguinte por seus companheiros, como se estivessem dormindo, mas estavam congelados. Para eles, a montanha se converteu em um local encantado.
Segundo a lenda, a montanha era habitada pelo que eles chamavam de 'almas' que levavam a vida do incauto que entrasse na área. Também a montanha que era o destino dos esquiadores, Gora otorten, significa em Mansi 'Não vá lá'. Quando as pessoas que habitam estas terras durante décadas te avisam dessa maneira, seria bom levar um pouco em consideração, não é mesmo?


TEORIA DE FORÇAS SOBRENATURAIS:

A tribo Mansi, cuja ajuda foi muito importante no trabalho de busca e resgate dos mortos, pois eles conheciam a área como a palma da mão, tinham bem claro: os garotos foram atacados pelos espíritos das montanhas. Fantasmas, seres etéreos, os verdadeiros donos da região. Eles não aceitam intrusos, protegem todo o ambiente das agressões que os seres humanos fazem contra a natureza.
Os mortos de sua tribo eram caçadores e os poucos caçadores que adentram a área procuram não ficar por lá à noite.

Os garotos eram mais que intrusos, eram 'estrangeiros' cortavam galhos das árvores, faziam fogo, em qualquer momento puderam faltar com o respeito ao espíritos da montanha e pagaram caro.
Se tomarmos em conta os diários encontrados na barraca, Igor Dyatlov escreve que sua rota segue um caminho de caça Mansi e que no dia anterior, um caçador havia andado pela zona.
Eles deixam marcas nas árvores, dizendo quantos caçadores passaram pelo lugar e a qual clã pertencem. Em uma das fotografias das câmeras encontradas, se vê Igor posando junto a uma dessas marcas.


'Mansi, Mansi , Mansi. Estas palavras se repetem com mais frequência em nossas conversas.
Mansi são gente do norte. 
Pessoas muito interessantes e únicas que habitam os urais polares do norte.
Fechados na região de Tyumen. Eles tem uma linguagem escrita e deixam sinais característicos em árvores do bosque.' Escreveu Igor no dia 30 de janeiro.

Foram os espíritos das montanhas que aterrorizaram os jovens? Paralisaram eles de medo até que morressem congelados?
O certo é que a maldição dos nove se repete. Os caçadores Mansi mortos da lenda eram nove. Os esquiadores do grupo de Dyatlov também eram nove. Em 1960 um avião com nove pessoas, entre pilotos e geólogos, chocou no sopé da mesma montanha. Morreram os nove e ao recuperar a caixa preta, não encontram nenhuma explicação do acidente. Atualmente, os excursionistas evitam passar em grupos de nove.


TEORIA SOBRE A CONSPIRAÇÃO OVNI. (Ai meus sais...Riso Forrusmea.com)

Sempre que há uma história misteriosa surge a ideia de que foi produzida por organismos alienígenas..


A ideia veio desta vez do depoimento de um grupo de excursionistas que se encontravam acampados há vários quilômetros ao sul, que afirmaram terem visto na noite das mortes, várias esferas de cor laranja sobrevoando a zona onde se encontravam os esquiadores.

Curiosamente, um dos defensores desta teoria era um militar, que não podia mostrar as provas por estarem classificadas mas afirmava que existiam. Este cavalheiro era Lev Ivanov. Levou muito em conta o depoimento dos excursionistas e nessa direção, dirigiu a sua investigação, mas o obrigaram a fechar o caso e seus arquivos foram classificados.
Com a queda da URSS, estes supostos arquivos ovni não apareceram com o resto de arquivos desclassificados. Ivanov fazia questão de dizer que precisamente os seus, se encontravam entre os 'não desclassificáveis'


A teoria de Ivanov aponta a que durante a noite de primeiro de fevereiro, várias esferas de cor laranja, vistas pelos excursionistas que foram testemunhas e vários habitantes de cidades da zona e de procedência alienígena, sobrevoaram o acampamento dos nove esquiadores. O pânico se espalhou e fugiram. Talvez não lhes atacassem, mas naqueles anos o medo de luzes no céu estava muito enraizado. Estavam em plena guerra fria… Ou talvez sim lhes atacaram, lhes obrigando a fugir da barraca e a abandonà-la, se escondendo no bosque. As feridas que quatro dos esquiadores sofreram, segundo Ivanov, poderiam ser da colisão de uma nave e o impacto de algum fragmento.

Não encontraram restos de nenhuma nave, mas para Ivanov a resposta está na rápida atuação do exército, que poderia ter levado embora os restos. Os primeiros a encontrarem o acampamento foram os soldados soviéticos a bordo de um avião. Até que chegassem a equipe de resgate do Instituto Politécnico e os civis, havia passado ao menos um dia, porque já haviam se afastado da zona, e desde o início, pensavam em encontrá-los vivos.


A coloração da pele e cabelos, a radioatividade na roupa e a paralisia dos corpos, indicava a Ivanov que foram objetos de um ataque alienígena. Também parecia que ele levava em conta a ausência da língua de Dubidina, por ser similar as mutilações de gado. (Cattle mutilation)
É curioso que esta afirmação venha de um militar. Ele realmente acreditava ou tentava tapar algum assunto do exército?

TEORIA SOBRE O ATAQUE DO ABOMINÁVEL HOMEM DAS NEVES  (Ai meus saaaais...Riso Forrusmea.com)


O Yeti não podia faltar.
Excursionistas mortos nas montanhas sob a neve dos montes urais, onde se dizia que habitava o abominável homem das neves...
Os que apoiam esta teoria, afirmam que o aterrador rugido do Yeti foi o que assustou os jovens e foi o que impulsionou eles a sairem correndo. As feridas sofridas por alguns, seriam a consequência do costume que o suposto animal teria, de atirar pedras grandes nas pessoas, unidas com sua força descomunal.
Não apareceram pedras grandes fora de contexto pela área, nem pegadas de Yeti, mas alegam os 'Yeti-aficionados' que tampouco procuraram por essas evidências.

TEORIA DO USO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E VICIANTES



A esta o autor do artigo chama de 'teoria das mães', sempre que há um incidente, uma senhora responde: 'Estariam drogados ou bêbados, ou então as duas coisas.'
Claro que um golezinho de Vodka pra entrar no clima não está descartado. Apareceu uma garrafa dentro da barraca, mas não indicam se cheia ou vazia. Também a teoria da comida em mau estado veio a tona no princípio e que houvessem ingerido bagas alucinógenas (Que brotam na neve...) ou substâncias do gênero.

Isso explicaria, segundo esta teoria, o repentino calor que sentiram, o ataque de pânico, a desorientação, as alucinações...Mas não sabemos se sofreram alucinações ou se estavam vendo algo real. De fato, o grupo se organizou bastante bem, se protegendo do perigo que era a barraca. Parece que todos viram a mesma coisa pela sua forma de atuar, se mantiveram juntos todo o tempo e não estavam nada desorientados, porque na escuridão da noite e soprando um vento que arrastava a neve, foram capazes de se encontrarem.

Na análise do conteúdo dos estômagos de 5 dos primeiros encontrados e do resto dos orgãos dos 4 restantes, não citaram a presença de nenhum tipo de substância estranha. Este recurso havia sido muito proveitoso ao encontrar algo e culpar os alucinógenos, ainda mais que se tratava de desportistas e jovens de posição respeitável e as famílias não dariam crédito. Está claro que não eram uns irresponsáveis e se drogar em lugares extremos não é coisa de gente inteligente.


Lendo os seus diários se aprende muito sobre eles. Fora a garrafa de aguardente que todo Russo leva nas estepes Siberianas, eles estavam dispostos a não fumar. Kolmogorova escreve no seu diário:

'Os garotos juraram solenemente que não fumariam durante toda a viajem. Me pergunto quanto possuem de força de vontade e se podem viver sem cigarros?'.

O último abastecimento antes de subirem ao trem, que levaria eles através do bosque, foi em Zavchoz no dia 23 de Janeiro. Compraram farinha de aveia, enlatados e carne em conserva. Kolmogorova aponta que se esqueceram do sal.
Que houvessem ingerido algum produto em mau estado é algo que não se pode descartar, nem o fato de que um ou dois deles houvessem atacado os demais, mas isso não explica o medo nem a morte dos 9. A não ser que não tivessem consciência do que estavam tomando...Também se fala da 'Neve tóxica', cuja água puderam beber ao derretê-la. A neve tóxica seria o produto de experimentos químicos e biológicos do exército, bombardeios, fugas de centrais de água, que ao subir na atmosfera se transformaria em chuva e forma a neve das montanhas.

TEORIA DO ATAQUE DE TRIBOS NATIVAS



Nesta zona habitava a tribo dos Mansi. Eles também se tornaram suspeitos das mortes dos esquiadores, pela coincidência do número 9 e por eles terem adentrado em seu território, mas logo foram descartados como suspeitos. De fato, sua ajuda foi muito importante nas tarefas de busca.
Houve rumores de que eles poderiam estar zangados com os garotos, por entrarem no seu território sagrado, mas a zona para eles não era sagrada em absoluto, ao contrário, pensavam que estava enfeitiçada.

Mesmo que houvessem sido atacados por guerreiros Mansi armados, os esquiadores também estavam munidos de armas de fogo.
Levavam um fuzil, um machado e várias facas. Exceto uma ou outra faca que apareceu junto dos cadáveres, todo o resto foi deixado na barraca. Se ladrões ou pessoas aborrecidas de uma tribo atacam, primeiro que não se foge sem as armas e segundo, os ladrões teriam saqueado o acampamento. Não levaram nada.
Fora os rastros dos garotos e da possível destruição da cena que causou a equipe de resgate (Coloco outra vez que esperavam encontrá-los vivos, no qual,  não foram muito cuidadosos onde pisavam ao descobrirem o acampamento) não havia rastro de mais ninguém.


Os rastros nas fotografias foram os usados para seguir a pista do grupo, conduziam até a árvore onde apareceram os primeiros cadáveres. São chamadas de 'rastros em coluna', uma vez que prensada a neve, a pegada se congela e ao soprar o vento que arrasta o pó de neve que as rodeia, ficam essas curiosas formações da imagem acima, que foram as que levaram em conta para localizá-los. São as marcas de um grupo de 8 a 9 pessoas, caminham juntas mesmo que em algumas seções, alguém se desvia do grupo e volta a se unir mais adiante. São pegadas antigas, muito diferentes das que poderiam deixar as equipes de resgate. Poucos dos pés levam sapatos e a direção coincide com a posição dos corpos.
Andam de forma organizada, todas as outras pegadas caóticas ao redor da barraca, provavelmente pertenceriam ao grupo de buscas, por isso a teoria da fuga à moda louca não se mantém.
Abandonaram a barraca com muita pressa sim, mas sabiam para onde se dirigiam.


Também se especulou um possível ataque de fugitivos na montanha.
A Sibéria no momento da tragédia era ainda uma terra de Gulags e de deportação de presos políticos.
Muitos campos de concentração se dispersavam por toda a região.
O mais próximo era o de Ivlag a poucos quilômetros do lugar.
Em algumas ocasiões, houve fugas de presos que se escondiam durante anos e até décadas em lugares isolados.
Os jovens poderiam ter se tornado testemunhas não desejadas e serem assassinadas. Muitos dos presos políticos lutaram nas frentes de batalha da segunda guerra mundial, sabiam como matar e não se preocupavam em fazê-lo. Mas se em um só dia esses pobres garotos congelaram, não dá para imaginar um acampamento de fugitivos em um lugar tão inóspito, sem contar que não havia rastros deles e nem os Mansi tinham notícias de tais fugitivos.


Por outro lado, Yuri Yudin, quem teve que fazer o reconhecimento dos corpos da equipe, descobriu um pedaço de pano que não pertencia a nenhum dos membros do grupo. Era um 'obmtki', uma peça de roupa que se usa para envolver os pés ou as pernas para manter o calor, enrolando-o como uma venda.
Tem uma forma característica e é de um material determinado. Se utilizou amplamente entre os soldados nos anos 40 e depois entre os prisioneiros dos campos de concentração de Stálin .
E quem sabe, não seguiria sendo usado por algum soldado na época. Ninguém sabe como chegou lá e ninguém sabe como desapareceu da sala de provas.

TEORIA DA AVALANCHE


Esta foi a primeira versão quase oficial.
O tempo havia piorado, dificultando a visibilidade. Eles mesmos escreveram isso em seus diários. A zona da montanha que eles escolheram para acampar era propensa a sofrer avalanches e eles sabiam. Por isso uma das dúvidas que surgiram foi por quê escolheram esse lugar, já que não era o mais apropriado.
Chegaram a pensar que devido ao mau tempo, eles erraram o caminho e muito cansados para retroceder, acamparam naquele lugar.
Yuri, o único sobrevivente, não opinava o mesmo, conhecia a forma de pensar de Dyatlov e na sua opinião, era certo que o mau tempo os atrasou mais do que o previsto e o acampamento deveria ser a 20 quilômetros mais adiante, mas em lugar de retroceder e perder mais tempo ou avançar sendo mais perigoso, o mais lógico era acampar exatamente onde o fizeram.
Era certo que a ladeira produzia avalanches ocasionais, mas nada indicava que fosse ocorrer uma e estavam o suficiente longe para fugirem e se protegerem.
Tendo isso em conta, não é estranho pensar que o medo a um desprendimento de neve não estivesse presente entre eles, haviam aceitado correr o risco. A teoria oficial continua indicando que durante a noite, um potente ruído fez com que eles acreditassem que estava acontecendo uma avalanche, por isso sua saída precipitada da barraca e a corrida para se protegerem no bosque.

Uma das últimas fotos do grupo estabelecendo o último acampamento na imagem acima.
Não houve nenhuma avalanche, nem nessa noite nem depois. A neve que cobria a barraca e os corpos era mínima e normal em uma montanha que neva. O equipamento dos jovens estavam cravados, rodeando a barraca, do mesmo jeito que eles deixaram como demonstra as últimas fotos tomadas pela equipe e pelo grupo de resgate. Se houvesse um movimento da neve, estariam cobertos ou deslocados e não assim.

O equipamento segue na mesma posição como mostra a imagem acima.
Não houve desprendimentos, cuja a teoria oficial continua dizendo que o ruído que lhes assustou pôde ter sido de um avião em testes, já que perto há uma base militar e isso explicaria as luzes cor de laranja avistadas pelos excursionistas.
Um esportista qualificado sabe distinguir o som de um avião e da neve deslizando. Porém, mesmo que fosse assim e a tensão lhes fizessem se afastar da barraca, ao ver que não havia perigo e que estavam congelando, teriam voltado por suas roupas de abrigo, coisa que não fizeram.


Nestas fotos se pode ver quais eram as condições meteorológicas durante o seu último trajeto.
Como podem ver, eles vão muito bem abrigados.



É de dia, e no diário do grupo indicam que a temperatura é de -18º a -24º . O sol está a ponto de se pôr as 17:02 horas. A última anotação do diário de Dyatlov diz:

'Não podemos deixar que qualquer um em nossa situação comece o acenso às montanhas. Próximo das 16:00, devemos escolher o local do acampamento. Há vento, um pouco de neve. A camada de neve é de 1,22 metros de espessura. Cansados e esgotados, começamos a preparar a plataforma para a barraca. A lenha não é suficiente. Não cavaremos um fosso para o fogo. Cansados demais para isso. Apenas jantamos dentro da barraca. É difícil imaginar um grande consolo em algum lugar da cordilheira, com um vento penetrante, à centenas de quilômetros de distância dos assentamentos humanos.' 

Os danos em seus corpos não poderiam ser produzidos por uma avalanche, porque na linha de pegadas se verifica que todos eles saíram por suas própria pernas. Deveras, as feridas no crânio e tórax lhes imobilizariam por completo e de imediato. Teriam que tirar os seus companheiros da barraca e levá-los, mas não há marcas de arrasto e precisamente os mais feridos foram os últimos a morrer.
Alguém notou uma espécie de cruzinha que se vê na foto tomada pela equipe de resgate na barraca?


Foi tomada no dia 26 de Fevereiro. O que está de costas é Vadin Brusnicin, companheiro dos falecidos do instituto politécnico e dos primeiros a iniciar a busca. A barraca é inconfundível, já que a fabricaram unindo duas tendas de Dyatlov e de seu amigo Boris Slovkov, que foi quem encontrou e reconheceu a tenda.
É a primeira foto tomada da tenda de acampamento, quando ainda acreditavam que encontrariam os seus companheiros vivos.
A cruz não tem nenhum significado religioso, já que estamos na antiga união soviética, um estado ateu. E essa mesma cruz, aparece na última foto da equipe perdida enquanto montavam esse mesmo acampamento no dia 1 de fevereiro.


Ou então se trata de parte do equipamento ou um sinal para saber onde se estabelecer. Não está coberta pela neve.
Em 25 dias, as condições climáticas não mudaram muito, como se pode ver nas fotos da equipe de resgate.


TEORIA DA CONSPIRAÇÃO MILITAR

A teoria que quase todo mundo tem em mente.
Depois de analisar as outras teorias, muitas pistas apontam para ela.
Armas químicas, teste de mísseis, protótipos de aviões sobrevoando a zona...

Não era desconhecido para ninguém que aquela foi uma zona de manobras militares. Grande parte da área era militar. Ecaterimburgo estava rodeada de mísseis anti-aéreos.
Naqueles anos, estavam experimentando um protótipo de míssil que falhava mais que espingarda de parque de diversões.
Eliminar testemunhas inoportunas não era um problema para eles. Acredita-se que os militares conheciam a rota que seguiriam os rapazes, mas acidentes acontecem. Perto de Sverdlovsk, existia um grande complexo de experimentação de armas químicas.


Entre os tipos de armas que poderiam estar experimentando, se fala de algo que explodiu, mesmo que não aparecessem restos, o que explicaria os danos físicos de 4 dos garotos. Algum tipo de spray paralisante, ressonâncias ultra-sônicas que produzem confusão momentânea, um forte reflexo que pudesse cegá-los, alguma arma química.
Qualquer coisa que justificasse sua fuga e porque não voltaram para a barraca.
Poderiam ser testemunhas incômodas, sendo preciso executá-las.
Aviões de teste sobrevoando a zona e talvez borrifando algum produto, é algo que não se pode descartar.

E o que opinava Yuri?
Ele sempre esteve convencido de que os militares tivessem algo a ver. Teve que reconhecer os corpos de seus amigos, que a julgar pelas fotografias dos cadáveres, não deve ter sido nada agradável e ainda explicar que roupa era de quem.
Também identificou 2 materiais que não pertenciam ao grupo, um pano militar e uns óculos, também militares.
Encontraram 3 câmeras dentro da barraca, todas com fotografias similares de distintas perspectivas, mas ele insistiu que eram 4 câmeras, as levadas pelos seus companheiros. Também faltava um dos diários.

Yuri Yudin também menciona que em algum momento da investigação, ele viu uns documentos que indicavam que os militares começaram as indagações 10 dias antes de que começassem a busca oficial pelas pessoas do instituto politécnico. Mas esses documentos também desapareceram. Também viu como tiravam da sala de necrópsia, recipientes com os órgãos de seus amigos para enviarem a laboratório, que nunca chegaram. E se chegaram, não há informe deles. Apesar de que os informes forenses preliminares são muito detalhados e profissionais.


O barranco onde apareceram os últimos 4 esquiadores, era uma fossa cavada por eles mesmos aproveitando o desnível do terreno, em teoria para se protegerem do frio, mas nesse lugar apareceram os mais feridos. Talvez fosse um primeiro refúgio após apagarem o fogo da árvore.

TEORIA DA ESPIONAGEM.

Por último, chegaram a afirmar que ao menos um dos membros da equipe era um duplo espião infiltrado. Também há quem opine que todos eram espiões ou estavam trabalhando em algum projeto secreto dentro do instituto politécnico. É certo que 3 eram estudantes de engenharia, mas o resto era de rádio e de economia. O suspeito é o guia Zolotariov, era mais velho que os demais (37 anos), usava um nome falso (Não se chamava Alexandre, mas sim Cemen) de origem Cossaca e esteve no exército. Era um veterano de guerra de um pelotão que só sobreviveram 3%, tinha 3 medalhas de honra, quando no máximo os veteranos tinham apenas uma e antes da segunda já estavam mortos.

Isso explicaria porque havia uma peça de roupa contaminada por radioatividade, ainda que leve.
Naquela época, os ocidentais não tinham um acesso fácil para se infiltrar como espiões, assim que contratavam a cidadãos russos. Sua missão era localizar os lugares onde poderia se enriquecer urânio, por isso trocavam com o espião em questão, um objeto ou uma peça de roupa impregnada de radiatividade. A central nuclear secreta de Tomsk-7 foi descoberta assim, mediante o intercâmbio do boné de um esquiador contaminado de radiação. Estima-se que Zolotariov seria um espião duplo e lhe contactavam para entregar uma peça contaminada, mas era uma armadilha para que a KGB pegasse o ocidental.

Muitas teorias, mas nenhuma solução.


Tenho que fazer um esclarecimento muito importante: Nas fotografias dos cadáveres, estes estão vestidos. Quando se fala de roupa interior realmente é preciso falar de 'roupa de interior', dizem que os falecidos estavam meio nus, mas isso não é verdade. Os esquiadores levavam dois tipos de roupa, a de estar dentro da barraca, que é a que se considera como roupa de interior (roupa de interior da barraca), e a de abrigo externo. A roupa de interior eram camisetas de manga curta, camisetas de manga longa, blusões (um ou dois), calças grossas e vários pares de meias. Também tinham um calçado especial para andar pela barraca. Saíram da barraca com a roupa de repouso deixando a de abrigo externo e os dois pares de sapatos. é estranho que não levassem postos seus sapatos de interior da barraca, podendo que o incidente ocorresse justo quando estavam trocando de calçado.

Os cadáveres encontrados sob a árvore sim levavam pouca roupa, mas porque seus colegas cortaram-nas em pedaços para se abrigar, uma vez que estavam mortos e certamente em rigor mortis, por isso tiveram que cortar a roupa.

Isto descarta a teoria do 'paradoxo do nu' por hipotermia, teoria que diz que em momentos de hipotermia extrema, os afetados começam a tirar a roupa, desorientados. Eles não estavam desorientados, porque tentavam manter o calor por todos os meios. Mas alguns blusões de lã e umas calças, em uma noite que superou os -20º centígrados (especula-se que com uma sensação térmica de uns -30º devido ao forte vento que soprava), era praticamente o mesmo que estar nu.


RELATÓRIO FORENSE

As mortes seguem sendo um mistério, mas ao menos sabemos como morreram.
Mas qual foi a força fora do comum que provocou a morte deles, só se pode intuir...

As autópsias dos cinco primeiros cadáveres, foi levada a cabo em um povoado de Vizhai por Boris Alekseevich Vozrojdenniy (Ironicamente o seu sobrenome quer dizer 'renascer').
Doroschenko, Krivonischenko, Dyatlov e Kolmogorova foram examinados no dia 4 de março. Rustem Slobodin foi descoberto em 5 de março, no qual, sua autópsia foi realizada no dia 8. Todos tinham contusões, hematomas, queimaduras por congelamento, manchas marrons (produto das queimaduras no gelo) e morreram de hipotermia.

Os quatro restantes foram encontrados por um caçador Mansi com seu cão. A zona de degelo havia se convertido em um rio, a carne congelada e molhada, acabou por deixar os corpos muito deteriorados.
Aos quatro lhes faltavam os olhos e parte da pele do rosto. Lyudmila não tinha língua nem parte do rosto, incluindo o lábio superior. No seu estômago encontraram sangue, poderia ser de uma hemorragia torácica ou da sua língua, perdida em vida. As costelas quebradas do tórax tinham perfurado a aurícula direita do coração.

O golpe na cabeça de Thibeaux, com afundamento e fragmentação do osso temporal, lhe produziu uma hemorragia que o deixaria sem sentido imediatamente. Zolotariov também tinha as costelas do lado direito fraturadas, a ferida estava aberta. Os três morreram em consequência dos ferimentos, Kolevatov tinha o pescoço em uma posição estranha, parece que morreu de hipotermia.


A BARRACA

Inicialmente, se pensou que os rasgos na barraca, foram produzidos a partir de fora. Foi no depósito de provas onde a faxineira sugeriu que pareciam estarem feitas a partir de dentro.
Tinha razão, tiveram que aceitar esta teoria.



O mistério segue aqui na barraca de acampamento, junto com seus objetos pessoais, roupas de abrigo e o motivo que provocou suas mortes.


Dyatlov projetou uma estufa especial para colocar no interior da barraca, como se vê na foto acima. Na última noite não a montaram, estavam muito cansados e não tinham lenha.

A ÚLTIMA FOTO

Dizem que esta é a última fotografia que os garotos fizeram. A câmera pôde ser disparada por acidente, no teto da barraca havia um lustre. Ou também pôde ter sido disparada depois, durante a manipulação dos objetos encontrados.

A RADIOATIVIDADE

Yuri Krivonischenko trabalhou em Chelyabinsk-40, uma instalação nuclear secreta que sofreu um desastre conhecido como o 'Acidente Kushtumkoy'. No dia 29 de setembro 1957 a planta de plutônio experimentou uma fuga radioativa. Krivonishenko foi uma das pessoas que se ofereceu para limpar. Pensaram que a roupa com radiação poderia ser sua, algo absurdo, Yuri tinha mais conhecimentos sobre a radioatividade que a maioria das pessoas naquele momento e é muito pouco provável que guardasse alguma roupa de dois anos antes da viagem. Ainda mais sabendo que estava contaminada. Mas é um dado importante saber que ao menos dois membros da equipe sabiam o que era se expor a radiações. Teriam encontrado algum resto de material radioativo pela zona e teriam levado até a barraca e ali comprovaram o perigoso que era?
Que faltassem coisas da tenda não seria raro, já que uma vez avistada pelo exército, demoraram 14 dias em dar o aviso, se levarmos em conta as declarações de Yuri Yudim.

Ainda assim a radioatividade era leve e estava concentrada em apenas uma peça de roupa (há discrepâncias entre o abrigo de Dubinina e as calças feitas em pedaços para serem usados por ela de seu colega morto). Quanto a língua da mulher, as fotografias mostram ela de cabeça para baixo, com o rosto submeso no riacho que se formou durante o degelo.


Atualmente, o passo Dyatlov se converteu em lugar de atração turística mórbida. Sete dos falecidos estão enterrados no cemitério de Ecaterimburgo. Por razões desconhecidas, dois dos corpos foram transladados a outro cemitério mais afastado e  que tem a entrada proibida.

Esta é uma das fotografias recuperadas que quase não se conhece. Parece que há um verdadeiro confronto entre Dyatlov e Zolotariov. O cadaver de Dyatlov mostrava lesões nos punhos, típicas de uma briga, mas se diz que as contusões que todos apresentavam foram produzidas pelos espasmos e a agitação anterior à morte por congelamento.

Quantas mais perguntas se faz, mais incógnitas surgem."
Abrax

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