Fonte

Estranho, tétrico, nostálgico e sensacional museu da dermatologia de Lisboa, Portugal que se encontra a perigo pelo descaso das autoridades com sua preservação.
O blog Lisboa sos trata de alertar sobre a degradação desse e de outros patrimônios históricos de Lisboa. Tarefa árdua porém, impar em sua dedicação de informar sobre tão belos lugares com deliciosas curiosidades.
Blog esse, que apresento e recomendo com muito entusiasmo!

Assim que uma boa parte das imagens desta postagem eu suprimi, deixando ao leitor a opção de conhecer o blog Lisboa sos e a galeria completa de imagens na fonte original.
já aviso que as imagens são ainda mais chocantes que as postadas aqui.
Acessem: http://lisboasos.blogspot.com.br/2011/03/flor-da-pele-coleccao-de-dermatologia.html
Os textos são da fonte original, que devido a extensão de informações importantes, decidi inserir parte dele nas imagens.
Segue:
"Carta Manuscrita, 1909. Carta manuscrita a lápis de cor, em papel timbrado de "Thomaz de Mello Breyner - Médico dos Hospitais", apresentando no final uma curiosa indicação "Deve trazer a receita quando voltar".
Dirigida a "Meu Caro Reynaldo" ( Prof. Reinaldo dos Santos), 1 pag., assinada e datada (16-3-1909):
"... Ahi vae um doente. Meus parabens pelo sucesso moral de hontem. O publico nada disse! nem seuqer o presidente!!! mas lembre-se que é gente da mesma raça da que se riu quando se quebrou uma corda à rabeca do Kubchik (?). Selvagens! Não merecem que se lhes mostre senão uma coisa que eu cá sei..."

Em 2007, com o encerramento do Hospital do Desterro, o médico dermatologista João Carlos
Rodrigues, protetor e estudioso do espólio do Museu promove a sua transferência para o Salão Nobre
do Hospital dos Capuchos.

Nelas estão documentadas tridimensionalmente muitas patologias que, devido aos avanços das técnicas terapêuticas, desapareceram ou são excepcionalmente raras, como as gomas sifilíticas, os estádios avançados da doença de Nicholas Favre, algumas formas de tuberculose cutânea e as alterações dermatológicas ocasionadas pela utilização do arsênico inorgânico.

O modelo, uma vez terminado, era envolto em pano pregueado, fixado em suportes de madeira e etiquetado com o nome da patologia.
Um património a preservar. E a conhecer. Pode fazê-lo, no Hospital dos Capuchos, por marcação (963997916). Em breve, vai estar aberto ao público.
Um espaço único no coração de Lisboa.

A este homem se deveu o trabalho de salvaguarda das coleções. Sem ele, tudo estaria perdido. João Carlos Rodrigues. A memória agradece.
Luís Alberto de Sá Penella (1889-1955), o fundador da moderna Dermatologia portuguesa.
Uma lápide antiga. Quem a protegerá da avidez dos homens?
Como é que a Sociedade Portuguesa de Dermatologia, a indústria farmacêutica, a classe médica não se interessam por defender este acervo único?
Fotografias dos pais fundadores da Dermatologia. Há um longo caminho a fazer: inventariar, descrever, estudar.
Anunciada para breve, a abertura ao público deste espaço pode ser uma ocasião para que os lisboetas - e todos os portugueses - conheçam melhor o patrimônio que urge preservar. Uma vez destruído, nada o poderá recuperar.
Last but not the least, há que referir, sem dúvida, o projeto FCT ao qual se deve a estudo e preservação das peças que aqui se exibem. Obrigado à generosidade de Cristiana Bastos - coordenadora do projeto de investigação "A Ciência, a Clínica e a Arte da Sífilis no desterro, 1897-1955" (HC/0071/2009), apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (História da Ciência) e executado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa."
Abrax
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